segunda-feira, 30 de maio de 2011

O GOVERNO RECUA

Pastoral 
A pressão foi enorme. O Brasil se levantou em protesto. Uma coisa é preconceito. Outra bem diferente é querer induzir adolescentes, e até pré- dolescentes, ao homossexualismo. Segundo declarações da assessoria da presidente Dilma, após assistir aos vídeos e ver o material que seria distribuido para 6.000 escolas públicas sobre a questão homofóbica, concluiu que eles eram inadequados e incentivavam a prática homossexual. Antes tarde do que nunca! Milhões de reais jogados fora. E olha que são tantas as necessidades do povo brasileiro! 
Do ponto de vista humano são muitas as explicações possíveis para tal recuo. Prefiro acreditar no poder de Deus que ouviu a oração de milhares de mães, avós, pais aflitos e angustiados com o futuro dos seus filhos.
A luta está só começando. Estamos vivendo, sem a menor sombra de dúvida, o que a Bíblia chama de "princípio das dores".  Ainda há tantas outras questões urgentes e igualmente angustiantes, como por exemplo: adoção de crianças por gays, aborto, violência nas escolas, drogadição juvenil, gravidez na adolescência e suicídio entre jovens.  A igreja não pode se calar. Precisamos debater cada um destes assuntos à luz da Palavra e empreender ações práticas de implantação dos valores do Reino de Deus na terra.  
Uma das armas de qualquer discípulo é a oração. Por isso conclamo a todos para a prática da oração intercessória em favor do nosso país, em especial pelas crianças, os adolescentes e os jovens brasileiros. Vamos "trabalhar como se tudo dependesse de nós e orar como se tudo dependesse de Deus". É claro que o Senhor terá sempre a última palavra em tudo. Entretanto existe algo que compete a nós. Algo que os anjos gostariam de fazer mas que é missão dos discípulos de Jesus, ou seja, a pregação do evangelho. Oração e pregação: comecemos por aí. Aliás, se começarmos assim, será um excelente começo.
Pr. Marcelo Gualberto

POSIÇÃO DO DESPERTA DÉBORA

           


A luta continua!

                Estamos vivendo dias difíceis para o nosso coração de mães. O legado que recebemos de família como base da sociedade está em risco de ser extinto. Não é de modo nenhum atitude alarmista reconhecer que estamos chegando num ponto quase sem retorno.
                Há dezesseis anos, na Coréia do Sul, Deus levantou dois homens para reunir um exército de mães em interseção pelos filhos. Será que não foi para momentos como esse que estamos vivendo hoje? Será que não foi para que houvesse sempre uma taça cheia de orações pela vida diante do trono de Deus? Orações estas regadas com as lágrimas dos que vão andando enquanto semeiam, chorando a dor pelos filhos?
                Não tenho nenhuma duvida de que o tempo do treinamento acabou daqui por diante vamos trilhar o real caminho para o qual nós, Déboras, fomos levantadas. Precisamos nos posicionar, a hora é para marchar e lutar. Uma luta foi ganha, mas muitas outras virão. Deus é amor, mas também é ação e não podemos deitar em berço esplendido esperando a morte chegar. A morte do que acreditamos, a morte dos nossos princípios, a morte da nossa família, da família organizada e criada por Deus. E essa causa tem dono – o Autor da Vida!
                Diante do quadro atual, a posição do Desperta Débora, das mães de oração, é uma posição em primeiro lugar bíblica. Acreditamos na inerrância da Bíblia e como tal, cremos que a família é criação de Deus, criada para louvor da Sua Glória, homem e mulher, para juntos semearem a vida sobre a terra. Não reconhecemos outra forma de família se não essa sob as bênçãos de Deus.
Acolhemos, seguindo a Jesus, o pecador, nós também o somos, talvez as maiores, porque recebemos de Deus uma herança para cuidar, será que estamos fazendo? Amamos e lutamos por todos aqueles que estão longe do Caminho, da Verdade e da Vida como a reconhecemos. Colocamos em nosso colo os que são jogados ao largo porque ninguém acredita mais que tenha jeito. Abraçamos o pobre, o cego, o nu, os que estão em prisão.  Mas, não vamos ser coniventes com o pecado, sempre estarão dobrados os nossos joelhos diante do Senhor em oração para que um pecador se arrependa e entregue sua vida a Jesus.
                Em segundo lugar somos cidadãs brasileiras e sempre iremos respeitar e lutar pelos princípios que regem a nossa democracia baseada na Carta Magna, a Constituição do Brasil. Ninguém pode nos obrigar, por lei ou outro meio qualquer, a concordar com qualquer prática que fira nosso direito de liberdade de consciência. Todos têm direito firmado de viver como quiser desde que respeitem o direito do outro, direito democrático de expressar o seu posicionamento para que não se produza o mais vil dos regimes: o opressor, totalitário, discriminatório.
                Somos contra a PL 122 por ser um objeto da mais perfeita dissimulação, que fere os direitos constitucionais dos cidadãos da República Federativa do Brasil. Todos já possuem o direito de serem protegidos contra humilhações, perseguições, exclusões, de serem respeitados como seres humanos e a ter uma vida digna. Não é só um único segmento da sociedade que tem esse direito constitucional, mas todo o universo dos brasileiros e das brasileiras. O que nos falta é conhecimento dos nossos direitos para exigi-los.
                Não podemos e nem devemos incentivar o surgimento de uma classe privilegiada diferente das outras. Não nos uniremos a não ser pela mensagem que leva todo ser humano a ter as mesmas oportunidades na vida. Uma sociedade justa é aquela em que todos desfrutam dos mesmos direitos.
                Defendemos o nosso direito de orar pelos filhos e por toda criança, adolescente, e jovem, desse país. Defendemos o nosso direito de falar-lhes para que sigam na vida, homens e mulheres como Deus os criou, que sejam pessoas de caráter, que não excluam ninguém, que formem famílias debaixo da instituição bíblica do casamento e possam criar os seus frutos nos caminhos do Senhor. Defendemos o direito dado por Deus para clamar em alta voz a mensagem do Evangelho, mensagem que salva, cura e liberta em nome de Jesus!
              Essa é a nossa posição por ser do mais justo e legítimo direito, nos céus e na terra.

Movimento Desperta Débora  
   Mães de joelhos, filhos de pé 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ORAÇÃO DE GUERRA


Pai Celestial, eu me ajoelho em adoração e louvor diante de Ti. Eu me cubro com o sangue do Senhor Jesus Cristo para me proteger durante este período de oração. Eu me submeto a Ti completamente e sem reservas em todos os setores de minha vida. Eu tomo posição contra toda tentativa de satanás, que possa me impedir de me dirigir exclusivamente ao Deus vivo e verdadeiro, recusando-me a qualquer envolvimento com satanás em minha oração.

Satanás, eu te ordeno, em Nome do Senhor Jesus Cristo, que saias da minha presença com todos os seus demônios, e coloco o Sangue do Senhor Jesus Cristo entre nós.

Pai Celestial, eu Te adoro e Te louvo. Reconheço que és digno de receber toda a honra, a glória e o louvor. Renovo minha fidelidade à Ti, e oro para que o bendito Espírito Santo me capacite neste período de oração. Sinto-me grato Pai Celestial, por teres me amado desde a eternidade "passada" , por teres enviado o seu Filho Senhor Jesus Cristo à este mundo para morrer como meu substituto a fim de que eu fosse redimido. Sinto-me grato, porque o Senhor Jesus Cristo veio como meu representante e porque através d Ele Tu me perdoaste completamente; deste-me a Vida Eterna, deste-me a Justiça Prefeita do Senhor, de modo que eu estou agora justificado. Sinto-me grato, porque n Ele me fizeste completo e porque Te oferecestes à mim, para ser minha ajuda e força diária.

Pai Celestial, vem e abre os meus olhos para que possa ver como Tua provisão é completa para este novo dia. Em nome do Senhor Jesus Cristo, assumirei meu lugar com Cristo nos lugares Celestiais, com todos os principados e potestades (poderes das trevas e espíritos malignos) sob os meus pés. Sinto-me grato porque a vitória que o Senhor Jesus Cristo obteve para mim na Cruz e na Sua ressurreição foi-me dada, portanto, eu declaro que todos os principados, potestades e espíritos malignos, são-me sujeitos no nome do Senhor Jesus Cristo.

Sinto-me grato pela armadura que me providenciastes. Eu e cinjo com a verdade, revisto-me da Couraça da Justiça, calço as sandálias da paz e coloco o capacete da salvação. Levanto o escudo da Fé contra todos dardos inflamados do inimigo e, tomo em minha mão a Espada do Espírito que é a Palavra de Deus, e uso-a contra todas as forças do mal em minha vida; eu me revisto desta armadura, vivendo em completa dependência de Ti.

Sinto-me grato porque o Senhor Jesus Cristo desfez todos os principados, os desmascarou e triunfou sobre eles n Ele mesmo. Reivindico toda essa vitória para minha vida hoje. Rejeito em minha vida, todas as insinuações, acusações e tentações de satanás. Afirmo que a Palavra de Deus é verdadeira e faço a escolha de viver em obediência à Ti e em comunhão Contigo. Abre meus olhos e mostra-me as áreas de minha vida que não te agradam. Opera em minha vida, para que não haja nela nenhuma base para satanás tomar posição segura contra mim. Mostra-me qualquer área de fraqueza, toda e qualquer área de minha vida que devo modificar algo para Te ser agradável.

Pela Fé, e na dependência de Ti, eu me dispo do velho homem, e permaneço dentro de toda a Vitória da Crucificação, onde fui purificado da velha natureza. Eu me revisto do novo homem, e permaneço dentro de toda a Vitória da Ressurreição e a provisão que Ele fez por mim ali, para viver acima do pecado. Portanto, neste dia, eu me desvencilho da velha natureza com meu egoísmo, e me revisto da nova natureza com o Seu amor. Eu me desvencilho da velha natureza com seu medo e me revisto da nova natureza com Sua força. Hoje me desvencilho da velha natureza com todas as suas concupiscências e me revisto da nova natureza com toda a sua justiça e pureza.

Sob todos os aspectos, eu me coloco na vitória da ascenção e glorificação do Filho de Deus, onde todos os principados e potestades lhe foram sujeitos, e eu reivindico o meu lugar em Cristo vitorioso com Ele sobre todos os inimigos de minha alma. Bendito Espírito Santo, eu te peço que me enchas, entra em minha vida, derruba todos os ídolos e expulsa todos os inimigos.

Sinto-me grato Pai Celestial, pela expressão da tua vontade para minha vida diária, conforme me mostrastes na tua palavra. Por isso, reivindico toda a vontade de Deus para hoje; sinto-me grato por me teres abençoado com todas as bençãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Sinto-me grato porque Tu me criastes para uma esperança viva, através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Sinto-me grato porque tu fizestes uma provisão, tal que, hoje eu posso viver cheio do Espírito de Deus com amor, alegria e autocontrole em minha vida. Eu reconheço que esta ´e a tua vontade para mim, e por isso, rejeito e resisto a todas as tentativas de satanás e seus demônios de me roubarem a vontade de Deus. Recuso-me no dia de hoje, a crer em meus próprios sentimentos, e levanto o escudo da fé contra todas as acusações e todas as insinuações que satanás venha a colocar em minha mente,. Eu reclamo a plenitude da vontade de Deus para o dia de hoje.

Em nome do Senhor Jesus Cristo, eu me submeto completamente à Ei, Pai Celestial, como um sacrifico vivo. Eu faço a escolha de não me conformar com este mundo. Eu faço a escolha de ser transformado pela renovação da minha mente e, peço que, Tu me mostras a Tua vontade e me capacites a andar em toda plenitude da vontade de Deus para o dia de hoje.

Sinto-me grato Pai Celestial, porque as armas de nosso conflito não são carnais, mas poderosas para através de Deus, derrubar as fortalezas, para desfazer as imaginações e todas as coisas ativas que, se exaltaram contra o conhecimento de Deus, trazendo cativo cada pensamento em obediência ao Senhor Jesus Cristo. Portanto, em minha própria vida no dia de hoje eu derrubo as fortalezas de satanás e esmago os planos que ele armou contra mim. Eu derrubo as fortalezas de satanás contra a minha mente à Ti bendito Espírito Santo. Eu afirmo Pai Celestial, que tu não nos concedeste o espírito de temor, mas de poder, amor e de moderação. Eu derrubo e esmago as fortalezas que satanás levantou contra as minha emoções no dia de hoje, e entrego as minhas emoções à Ti. Eu esmago as fortalezas que satanás levantou contra a minha vontade no dia de hoje, e as entrego à Ti, fazendo a escolha de tomar as decisões da fé que são convenientes. Eu esmago as fortalezas que satanás armou contra o meu corpo hoje, e entrego meu corpo à Ti, reconhecendo que sou o teu templo, e me regozijo em Tua misericórdia e Tua bondade.

Pai Celestial, peço agora que, através deste dia Tu me vivifiques; mostra-me como satanás está impedindo, tentando, meditando, dissimulando e distorcendo a verdade em minha vida. Capacita-me a ser a espécie de pessoa que te seja agradável. Capacita-me a ser agressivo na oração. Capacita-me a ser mentalmente agressivo e a pensar os Teus pensamentos, de acordo contigo, e a dar-te o teu lugar de direito em minha vida.

Novamente, eu me cubro com o Sangue do Senhor Jesus Cristo, e oro para que Tu, bendito Espírito Santo, coloques toda a obra da crucificação, toda a obra da ressurreição, toda a obra da glorificação e toda o obra do pentecostes em minha vida no dia de hoje. Eu me submeto à Ti. Eu me recuso a ser desencorajado. Tu és o Deus de toda a esperança; Tu tens provado o Teu poder, ressuscitando Jesus Cristo dos mortos, e eu reivindico de todas as maneiras à Tua vitória, sobre todas as forças satânicas em minha vida, e rejeito a essas forças. Eu oro em nome no Senhor Jesus Cristo, com ação de graças.

Amém.

domingo, 15 de maio de 2011

CULTO EVANGELÍSTICO (CONCHA ACÚSTICA)













UNIÃO REAL E VERDADE DO POVO DE DEUS
Antes do avivamento o povo estava separado uns dos outros; cada um cuidava de seus interesses; então Deus não podia agir. “Disse Neemias: Grande e extensa é a obra, e nós estamos no muro mui separados, longe uns dos outros.” 4:19. Mas com o mover do Espírito, com a ação de Deus nos corações o povo se uniu. “Todo o povo se ajuntou como um só homem” 8:1b. E por causa desta união, aconteceu um grande avivamento espiritual na vida daquele povo. Jesus, durante seu ministério disse: “Uma casa dividida não pode permanecer.” O ciúme, a contenda, a rivalidade, a desunião tem causado frieza, dispersão, e consequentemente o enfraquecimento de qualquer coletividade. Neemias observou a divisão e os prejuízos desta atitude para o povo e para o reino de Deus. Jesus Cristo expressou seu desejo quanto a unidade da Igreja e orou pedindo ao Pai que desse à sua Igreja unidade. “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:20,21. É a união que produz a força, ela constitui-se um dos segredos no desenvolvimento da Igreja. “Todos os que criam, estavam juntos.. Perseveravam unidos todos os dias no templo….” Qualquer divisão sempre é prova de carnalidade. “Oh quão bom e suave é que os irmãos vivam em união.” Sal. 133:1. Uma Igreja precisa viver unida, isto é, com os mesmos propósitos, mesmos ideais, mesmos objetivos; um deve ter interesse pelo bem estar do outro. Eu não posso ser feliz se o meu próximo não é feliz. Quando temos esse interesse pelos outros, damos nossa vida pelo bem estar do irmão. Isso é claramente exemplificado na vida de João Batista; quando lhe falaram do crescimento do ministério de Jesus, ele disse: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”. Ficou feliz pelo crescimento do ministério de Jesus. A Igreja é a noiva de Cristo e não podemos difamar a noiva de nosso Senhor; ao contrario, devemos zelar por sua noiva. Quando falamos de um irmão estamos falando da noiva de nosso Senhor. Se queremos experimentar um grande avivamento, precisamos estar unidos.

DESPERTA DÉBORA - ITAPERUNA/RJ

DESFILE 10 DE MAIO 2011

E procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis levados cativos, e orai por ela ao Senhor: porque na sua paz vós tereis paz. JEREMIAS 29:7





AGAR - UMA MULHER USADA E ABUSADA A QUEM DEUS SALVOU


(Gn 16:1-16 e Gn 21:8-21)

Todos sabemos que o tempo de Deus (kairos) é diferente de nosso tempo humano (cronos). Abraão e Sara não sabiam ou se esqueceram disso. E todas as vezes que a gente não confia na providencia de Deus, tentando fazer o que Deus demora para fazer, acabamos atropelando a vontade de Deus, afastando-nos dela e ferindo outras pessoas ou a nós mesmos.

Julgando que a promessa do filho estava demorando, Sara usa a sua escrava egípcia Agar para, digamos, “apressar” a ação de Deus. Aparentemente Abraão e Sara “fazem acontecer” a promessa que Deus ainda não havia providenciado. Ela cede sua escrava para seu marido Abraão ter um filho com ela. “toma, pois a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abraão anuiu ao conselho de Sara” (Gn 16:1).

Agar, a mulher reduzida a escrava, usada e abusada, ficou grávida (Gn 16:11) depois que Abraão a “possuiu” (Gn 16:4). “Vingou-se” de sua senhora e dona com seu desprezo (Gn 16:4). E Sara, além de não ter se sentido “edificada” com o nascimento do filho da escrava abusada, visto que não honrou a acordo de assumir (adotar) Ismael como seu filho, não lidava bem com o desprezo da escrava, tornando-se intolerante, rixenta e opressora. Sara humilhou a escrava Agar e ela fugiu de sua presença (Gn 16:6). Foi achada por Deus junto a uma fonte de água no caminho de Sur, uma antiga rota que ia até o Egito, terra da escrava, e que cruzava o deserto de Sur.

Ali Deus a confortou, acudiu (Gn 16:11) e a aconselhou para voltar para a sua senhora e humilhar-se sob as mãos de Sara (Gn 16:9). Ela não apenas obedeceu a Deus, como o invocou sobre si o nome e o favor do Senhor (Gn 16:9). Foi algo tão impactante na vida de Agar que o testemunho que ela deu a outros disso fez com que aquele poço fosse chamado e ficasse conhecido pelo nome de Beer-Laai-Roi, numa alusão a “El Roí”, o Deus que vê.

Quatro anos depois do nascimento de Ismael (Gn 16:16) nasceu Isaque, o filho de Sara (Gn 21:5). Quando tinha por volta de 3 anos de idade Isaque foi desmamado e Sara fica indignada porque supostamente Ismael “caçoava” (embora a palavra hebraica possa significar também “brincava” com ) Isaque. O destempero de Sara, abençoada por Deus com a maternidade, mas ainda recalcada pela esterilidade, manifestou novamente contra a escrava e seu filho: “rejeita esta escrava e seu filho; porque o filho da escrava (que deveria “edificar” Sara) não será herdeiro com meu filho” (Gn 21:10).

Isso foi muito penoso para Abraão, o pai da criança. Aparentemente Abraão só “rejeitou” a Agar e Ismael, deserdando o filho (nascido a partir de um “belo plano” de sua esposa Sara) e expulsando a escrava com “uma mão na frente e outra atrás” (aliás, deu pão e um odre de água!) no meio do deserto, porque teve o consentimento de Deus: “atenda ao pedido da sua mulher, e deixa que eu cuido de Agar e Sara” (cf. Gn 21:12). Não precisava ser tão sovina (pão-duro, mesquinho) e nem deixar a mãe de seu filho errante no meio do deserto.

Com certeza deve ter sido uma boa esposa para Abraão e uma boa mãe para Isaque. Até porque experimentou o grande milagre de, sendo estéril, conceber um filho pela misericórdia de Deus. Mas foi uma pessoa amarga, doentia, ciumenta, vingativa e impiedosa com a mulher que ela usou e que seu marido abusou, quando julgaram que a ação de Deus estava demorando demais.

Desse texto podemos aprender:
1 – Todas as vezes que arrogantemente agimos ou tentamos agir no lugar de Deus, criando alternativas que não são de Deus, problemas vão acontecer. Caminhos e soluções que não vêm de Deus ou se não estão em conformidade com a vontade de Deus, não podem ser bênção!

2 – Ismael nasceu como fruto de um pecado (a falta de confiança em Deus), como uso e abuso de uma mulher escravizada, mas o que devia ser visto como maldição, Deus tornou bênção. Deus tornou Ismael parte da Promessa.

3 – Possivelmente nem Sara nem Abraão tinham consciência do uso e do abuso de outro ser humano. Era uma coisa normal e culturalmente aceita e praticada. Isso revela que nem tudo que é cultural ou normal ou moralmente aceito é bom, é do bem, é de Deus. Não tenho dúvidas que Abraão amou aquele filho que o ciúme e amargura de Sara lhe tiraram a convivência quando Ismael tinha por volta dos seus 7 anos de idade.

4 – Pode até não ser o que acontece regularmente, mas homens podem ser meigos e sensíveis e mulheres embrutecidas; mães podem ser intoleran-tes e vingativas e pais podem ser generosos. Não é o sexo masculino ou fe-minino que torna alguém gentil ou não. É o pecado que embrutece. É o Espí-rito Santo que transforma coração de pedra em coração de carne (sensível).

5 – Não há porque não afirmarmos que Sara foi uma boa pessoa. Mas particularmente na questão da maternidade e na sua relação com a escrava Agar e o filho Ismael que ela planejou, foi uma mulher intolerante e cruel. Amarguras, complexos, sentimentos de inferioridade, etc, quando não são curados podem ser perigosos e machucar outras pessoas.

Sara certamente foi também uma mulher sofrida e oprimida naquela soci-edade patriarcal (governada com mão de ferro pelos homens), por isso esses episódios aqui não podem apequenar esta grande mulher. Essa história com Agar não é a síntese da vida de Sara. Ela foi maior que sua dor e amargura. Não julguemos alguém, mesmo alguém cronológica e culturalmente tão dis-tante de nós, apenas por um ato ou um fato ou uma passagem de sua vida.


6 – Agar, a mulher reduzida à escravidão, conseguiu ouvir, amar e obedecer a Deus apesar de ser uma mulher de um outro povo, outra cultura e, muito possivelmente, outra religião. Apesar também do mau testemunho dos seus escravizadores e do mal que experimentou naquela casa. O amor de Deus não conhece barreiras para se manifestar abundantemente e nem para ser experimentado graciosamente. Ninguém pode impedir o amor e a promessa de salvação da parte de Deus.

7 - Abraão pode ter dado muito pouco à Agar: pão e um odre de água. Mas Deus cuidou daquela mulher rejeitada e de seu filho. Deus exaltou aquela mulher que fora humilhada. E quando acabou a água do seu odre no meio do deserto, Agar protegeu o seu filho (Gn 21:15) e "levantou a sua voz e chorou" (Gn 21:16).

Segundo o texto hebraico quem chorou foi Agar. Segundo a versão grega (a tradução feita em Alexandria, no Egito, dos textos hebraicos para o o grego), quem chorou foi a criança. Mas Gn 21:16 diz que Agar chora, e Gn 21:17 diz que Deus ouviu a voz do menino. É muito curioso o jogo de palavras "Deus ouviu" o menino com o próprio nome do menino. Ismael significa "Deus ouve".

O fato é que Deus ouviu e cumpriu sua promessa de salvação.

E disse para aquela mãe (cf. Gn 21:18-19):
- ergue-te
- levanta o rapaz;
- segura-o pela mão
- porque eu farei dele um grande povo.

E logo a salvação aconteceu (Gn 21:19):
"Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água e, e indo Agar ao poço,
encheu de água o seu odre, e deu de beber ao rapaz.

Deus estava com o rapaz (Gn 21:21). Aleluia!

8 - Na maior parte das vezes, caidos se tornam "cegos" pela falta de esperança e pelo desespero. Caídos não podem levantar caídos.

Mas caídos podem gritar por socorro até serem ouvidos e devem fazer isso.

Há um Deus que ouve oração, que se inclina para ouvir... que nos infunde coragem e cuja presença aponta o caminho.

Ele continua dizendo aos que o buscam: "ergue-te!"
Pois só erguido você poderá erguer outros e fazer diferença.
Estenda as mãos solidariamente e abra os braços acolhedoramente.

A confiança em Deus lhe dará coragem. E lhe abrirá os olhos para você perceber que há um poço no deserto onde você vive errante. Você poderá viver e habitar no deserto. Mas poderá também tomar a decisão de voltar pra casa.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

DIVERSIDADE DE EXPERIÊNCIAS


O texto de Hebreus 11 menciona situações diversas, das mais simples (v.9) às mais complexas (v.34), envolvendo a fé, mostrando vários aspectos da vida, para não ficarmos restritos a algum deles em nosso relacionamento com Deus.
Seguiremos apenas o exemplo de Abel? Tudo se resume à oferta? De modo nenhum. É preciso aprender também com os outros personagens. Isso nos mostra que Deus está atento a tudo, desde as situações mais comuns até as mais desafiadoras.
Observamos também que Deus não opera sempre da mesma maneira. Alguns fatos ocorridos pela fé são semelhantes. Outros são bem diferentes. Noé e sua família, dentro da arca, flutuaram sobre a água (v.7). Israel, porém, atravessou em terra seca no meio das águas.
Alguns, pela fé, escaparam da morte: Enoque (v.5), Noé e sua família no dilúvio (v.7), Israel no mar vermelho (v.29), Raabe em Jericó (v.31). Outros, porém, pela mesma fé, enfrentaram a morte, ou seja, foram mortos (v.37).  
Alguns, por terem crido, escaparam do fio da espada (v.34). Outros, pela mesma fé, foram mortos ao fio da espada (v.37). Alguns, pela fé, foram libertos (v.29). Outros foram presos (v.36). Alguns foram visivelmente vitoriosos (v.34), enquanto outros foram, aparentemente, derrotados (v.36-37). Os versículos podem parecer contraditórios, mas não são.
Talvez quiséssemos um padrão, mas Deus age de acordo com a necessidade e, principalmente, com o seu propósito. Por exemplo, há quem pregue que todo filho de Deus deve ser materialmente rico, mas a bíblia não ensina tal coisa. Não existe um padrão bíblico a este respeito.
Outra aparente contradição em Hebreus 11 é que alguns heróis da fé alcançaram promessas (v.33), mas outros, crentes como os primeiros, não alcançaram (v.13, 39). Isto pode parecer injusto e extremamente frustrante, mas é preciso lembrar que os efeitos da fé não se esgotam na vida terrena. Outro aspecto importante é que as promessas seriam cumpridas na vida dos descendentes, principalmente em Cristo, finalmente na igreja e plenamente na glória celestial.

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